UFSM atrasará pagamento de contas após congelamento de R$ 25 milhões pelo Governo Federal

Após o anúncio do contingenciamento de verbas pelo governo federal, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) enfrentará atrasos no pagamento às empresas terceirizadas devido ao bloqueio de R$ 25 milhões. Segundo o reitor Luciano Schuch, o orçamento da universidade será prejudicado até pelo menos setembro, necessitando uma realocação de verbas para sanar as contas pendentes.

Durante entrevista ao programa Bom Dia, Cidade, da Rádio CDN, 93.5 FM, o reitor explicou que, embora os prestadores de serviços sejam pagos, isso não ocorrerá no mês subsequente ao serviço prestado.

“Para o funcionamento da nossa universidade, existe um gasto mensal de R$ 5 milhões para contas de luz, água e terceirizados. No momento, temos apenas R$ 2 mil em conta. A partir de agora, teremos que redirecionar recursos que já tinham sido empenhados para algumas empresas. Eles vão receber, mas não conseguiremos pagar no mês subsequente à prestação de serviço. Temos 90 dias para fazer esse pagamento, que é o prazo legal,” explicou Schuch.

O objetivo é que a universidade continue funcionando normalmente enquanto o orçamento não se normaliza. Valores atrasados serão priorizados, afirmou Schuch.

“Algumas empresas que estavam se planejando para receber em setembro terão o pagamento cancelado. Vamos priorizar as mais urgentes, como um fornecedor terceirizado que faz o corte de grama ou alguma reforma na universidade. Pagaremos o que está mais atrasado.”

A maior parte dos valores bloqueados, temporariamente, seria utilizada para custeio da instituição, incluindo cerca de R$ 18 milhões para pagamento de contas e serviços terceirizados, e R$ 7 milhões para assistência estudantil. Não há garantias da liberação dos valores contingenciados, mas a Reitoria espera que a verba seja liberada em outubro e dezembro.

Insegurança

Inicialmente, Schuch afirmou que não haverá cortes nos serviços básicos, bolsas ou no Restaurante Universitário. As bolsas de assistência estudantil serão priorizadas, mas o valor contido afeta o planejamento da universidade, gerando insegurança para todas as atividades planejadas a partir de agosto, como o pagamento das bolsas dos alunos de pós-graduação.

“Estamos lançando nesta quarta-feira, às 9h, um novo edital para pós-graduação, de quase R$ 3 milhões, que deve iniciar em agosto. Ele envolve bolsas e recursos para fortalecer a pós-graduação. Agora, temos uma instabilidade para pagar as bolsas,” reiterou o reitor.

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