Homem morre após ser apedrejado e homicídios em 2024 já igualam os números do ano passado

João Augusto de Lima, de 43 anos, faleceu após um mês internado no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), onde estava tratando dos graves ferimentos causados por uma agressão brutal no dia 2 de setembro. João foi atacado no Bairro Carolina, na região norte da cidade, por uma jovem de 23 anos que o atingiu com sete golpes de pedra. Apesar dos cuidados médicos intensivos, ele não resistiu e veio a óbito, elevando o número de homicídios na cidade para 55 neste ano, o mesmo número de assassinatos registrado em todo o ano de 2023.

Este caso também chamou atenção porque a mesma agressora atacou novamente poucas semanas depois. No dia 21 de setembro, ela agrediu um idoso de 81 anos com golpes de martelo, em outro ato de violência extrema. A jovem foi presa no dia 23 de setembro, após confessar os dois crimes, e atualmente está detida no Presídio Regional de Santa Maria (PRSM). Segundo o delegado Adriano De Rossi, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a jovem afirmou em seu depoimento que “não se arrepende de seus atos”.

Com esse novo homicídio, a expectativa das autoridades é que os números de assassinatos continuem crescendo até o final de 2024. O delegado De Rossi acredita que o total de homicídios possa ultrapassar 60 casos, embora o objetivo seja evitar que o índice chegue ao patamar de 70 mortes, como ocorreu em 2022.

A crescente violência entre jovens e o tráfico de drogas

Adolescentes e jovens formam um dos grupos mais vulneráveis às mortes violentas em 2024. Quase metade das 55 vítimas de homicídios tinham entre 14 e 29 anos, o que reflete a dura realidade de muitos jovens inseridos em ambientes de risco, especialmente ligados ao tráfico de drogas.

De acordo com o delegado De Rossi, grande parte dos homicídios está relacionada à disputa de territórios pelo tráfico de drogas. O modo como os crimes são cometidos também é um indicativo dessa ligação: muitas vítimas são assassinadas com tiros na cabeça ou no rosto, uma marca comum em execuções realizadas por facções criminosas.

“São jovens de baixa renda, sem maturidade e com poucas perspectivas de futuro, que acabam se envolvendo no tráfico. Isso cria um ciclo de violência que leva muitos deles à morte”, explicou De Rossi.

Investigações avançadas

Até agora, 48 dos 55 homicídios registrados em 2024 já possuem a autoria apontada pelas investigações. O esforço contínuo das autoridades em identificar os responsáveis pelos crimes tem sido crucial para solucionar os casos e garantir justiça às famílias das vítimas. Das 55 mortes, 50 eram homens e cinco eram mulheres, com idades variando entre 14 e 71 anos.

O aumento no número de homicídios e a escalada de violência preocupam tanto as autoridades quanto a população. A expectativa é que medidas mais eficazes de segurança pública sejam tomadas nos próximos meses para conter a criminalidade, com foco na prevenção e combate ao tráfico de drogas.

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