No domingo à noite (13), no bar localizado na ERS-516, em São Martinho da Serra, uma tragédia se desenrolou envolvendo um tenente da Brigada Militar e dois homens que acabaram mortos. O dono do estabelecimento, Vinicios Arruda, conta que o policial chegou ao local com uma atitude provocativa, alegando querer “se incomodar”. Após pedir uma cerveja, o tenente iniciou uma discussão que rapidamente escalou, resultando em ferimentos de faca em sete pessoas, entre elas Carlos Alberto Pereira Maia, de 32 anos, e Carlos Alberto Flores Machado, de 53 anos.
Segundo Vinicios, o ambiente estava calmo até a chegada do suspeito. Ele descreveu o policial como alguém que já parecia determinado a causar problemas naquela noite. O dono do bar também negou que tenha havido uma briga generalizada, como consta no boletim policial, e afirmou que o ataque foi um ato deliberado de violência. A confusão culminou com o uso de uma arma de fogo, quando o tenente sacou uma pistola e disparou fatalmente contra Maia e Machado.
As primeiras investigações indicam que o policial, após ser detido e levado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), alegou legítima defesa, afirmando que as vítimas o teriam atacado. No entanto, a versão apresentada por Vinicios, junto com o depoimento de outras testemunhas, levanta dúvidas sobre essa justificativa. A Polícia Civil de São Martinho da Serra já abriu um inquérito para apurar as circunstâncias exatas dos eventos. O policial, que foi afastado temporariamente das funções, está em liberdade enquanto o caso é investigado, e a possibilidade de prisão preventiva ainda está sendo avaliada, dependendo do andamento das apurações.
O comandante da Brigada Militar não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas já foi confirmado que o tenente responderá a um processo disciplinar dentro da corporação.